RADIO BARREIRITTO CAIPIRA

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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

POÇO DA PINTADA
( VALTAIR BERTOLI) 15/01/2015
ESSE É UM POEMA EM HOMENAGEM A MEMORIA DE MEU SOGRO WALDEMAR ROGERI , ESSE É UM FATO VERIDICO QUE ACONTECEU COM A GENTE !

vou contar uma passagem de que a tempos fui pescar
fui eu meu cunhado Bento e meu sogro Waldemar
saimos de itajobi e fomos na ponte do ribeirão
dava uns vinte e oito quilometros só por estrada de chão

quando chegamos la no rio o meu sogro deu de inventar
queria pescar no poço fundo que tinha ouvido falar
seguimos por uma picada e começamos a procurar
até um corrego e uma taboa atravessamos pra poder chegar

nesse dia a pescaria seguia um tanto animada
meu cunhado bento bebia pinga e só dava risada
quando da beira do rio tomou um escorregão
caiu com pinga e a vara nas aguas do ribeirão

quando chegamos no poço vimos umas pegadas por la
parecia de pintada mas ninguem quis comentar
quando chegou a tardezinha começamos escutar
uns passos que nos rondava nas folhas a estralar

foi aquele corre corre e lenhas fomos juntando
so tinha um facão velho e a noite estava chegando
tinha uma arvore seca e seus galhos fui quebrando
e todos apavorado do lado da fogueira fomos se acomodando

a noite estava bem quente e sem claro de luar
foi quando ali do lado ouvimos a pintada esturrar
fez um baita barulhão e só ouvia macacos gritando
descobrimos que era morte que estava nos rondando

passou uma meia hora e tudo foi silenciando
eu ja não aguentava os pernelongos me picando
pra sair até a estrada a coragem não ajudava
todos estava com medo de um novo ataque da pintada

só fomos embora no amanhecer dia quando saiu seu clarão
eu nunca mais voltei pra pescar la no poço fundo do ribeirão
e tomos saimos vivos pra contar a nossa historia
do dia que fomos pescar no poço onde a pintada mora

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