RADIO BARREIRITTO CAIPIRA

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domingo, 27 de setembro de 2015

AGUA SAGRADA
( VALTAIR BERTOLI ) 27/09/2015

vamos chegar meu amigo não repare na simplicidade
minha casa é bem humilde mas rica em felicidade
arraste uma cadeira sente pra nós   prozear
que aqui do meu cantinho  muitos causos vou te contar

olhe pro alto daquela serra que pelas nuvens esta tomada
veja que pelos raios de sol algumas estão sendo vazada
seguindo um pouco mais abaixo ouça o som que vem do riacho
descendo sertão abaixo com suas aguas gelada

quero que beba um copo dessa a'gua que esta nessa moringa
mas tome cuidado que ela é mais viciante do que qualquer tipo pinga
quem bebe dessa agua aqui novamente vai querer voltar
pra brindar um copo comigo apreciando esse nosso lugar

VIOLA BANDEIRA DE CAIPIRA
( VALTAIR BERTOLI ) 27/09/2015


a bandeira Brasileira / que representa o sertão
vive encostada no peito  / do lado do coração
ela não tem cor e nem tem raça / mas tem tradição
se não tiver viola / não é sertanejo não !

quando uma viola toca / desperta a imaginação
de tantos causos contados / acontecidos no sertão
ela carrega a mensagem / da tradição brasileira
somente a  viola / representa nossa bandeira

a bandeira do caboclo / cheira a poeira no chão
cheira a pasto molhado / do alvorecer no sertão
exala cheiro do gado / tem cheiro de plantação
tem cheiro do suor / de quem cultiva o chão

se não tiver viola / dentro de uma canção
não representa nossa classe / é pura enganação
se não tiver viola / dentro de uma canção
não representa nossa classe / é pura enganação



sábado, 26 de setembro de 2015

PRISIONEIRO DA HONRA
( VALTAIR BERTOLI ) 26/09/2015

Quantas palavras sobre mim foi falado
de certas coisas ocorrida no passado
mas ninguém sabe qual foi o desagrado
o motivo que me levou a ser condenado
se nessa cela  me encontro preso agora
foi pelo meu bem que um dia foi embora
e sai procurando pela noite a fora
encontrei ela morta pago pelo meu erro agora

dentro de uma cela hoje sofro condenado
sei que sou prisioneiro injustiçado
que fez justiça com as suas próprias mãos
pela honra e paixão  de um sonho acabado

matei alguém que me causava tormento
e se dedicou pra destruir  meu casamento
criou as intrigas no relacionamento
ela é culpada do meu  sofrimento
tinha a liberdade  na minha casa entrava
e se dizia ser amiga da minha  amada
mas na verdade só mentiras inventava
levou meu bem a se matar enforcada

dentro de uma cela hoje sofro condenado
sei que sou prisioneiro injustiçado
que fez justiça com as suas próprias mãos
honrando a paixão  de um homem desesperado
MEU CANTO SAGRADO (CURURU)
( VALTAIR BERTOLI ) 26/092015

construí o meu ranchinho la perto do ribeirão
fiz ele de palha e barro amassei com minhas mãos
usei folhas de bacuri pra cobrir minha mansão

e fiz do lado de fora pra fumaça ir embora
o meu forno e o fogão

fiz cercado de bambu reforcei bem a porteira
seu mourão e seus batentes fiz todo de aroeira
uso sempre  lamparinas que clareia a casa inteira

pra andar na escuridão faço  uso  do lampião
e levo minha cartucheira

dentro do meu cercado eu crio os meus bichinhos
crio galos e crio pato cada um tem seu cantinho
tenho um cachorro ensinado pra espantar  gavião

ele é quem protege os bichos segurança de oficio
protetor das criação

junto da minha velhinha levo a vida sossegado
tenho no pequeno pasto quatro cabeça de gado
meu descanso é merecido hoje estou aposentado

aqui no meu paraíso tenho tudo que preciso
esse é meu recanto sagrado

sábado, 19 de setembro de 2015

falso amor (  guarânia )
( valtair bertoli ) 19/09/2015 disponível

só quem  ja teve um grande amor na vida
conhece a ferida que ainda causa dor
viver nesse mundo sem ele  por perto
é andar no deserto procurando uma flor

sai procurando a sua felicidade
e recebe saudade e dor do dissabor
reclama e sofre da infelicidade
chora de verdade a falta desse amor

olhando pra traz relembra o passado
e hoje fadado clama  antigas paixão
muitos que tiveram seu jardim florido
sofre entristecido no mundo da solidão

nas suas lembranças volta a ser criança
sente a esperança de encontrar alguém
que já foi feliz e hoje condenado
sofre abandonado procurando alguém também

é sabia a verdade que a infelicidade
não procura idade e não vê coração
carrega com ela nosso mundo de sonhos
deixa o abando e ressentimento da desilusão

quantos são os amores ainda  incrustado
num peito magoado que sofre também
vivendo ao lado de alguém que não ama
dividindo a cama e pensando em outro alguém



sexta-feira, 18 de setembro de 2015

FIM DE CARREIRO ( curva da serra )
( valtair bertoli )22/08/2015

numa estradinha de terra serpentiando toda serra
seguia um carro pesado com o carreiro  do seu  lado
oito juntas preparadas seguiam naquela  estrada
por onde ele passava as rodas na terra afundava
da sua carga pesada

carreiro ia gritando  seus bois pelos nomes chamava
com seus cocões cantando que de longe se  escutava
tocando ia preocupado  recordando do   passado
na historia da sua vida das lições triste aprendida
com seu mestre adorado

varias cruz desde o inicio tem nesse pricipicio
numa tambem esta marcado  o nome do seu pai amado
que morreu nessa estrada cumprindo sua jornada
foi numa curva fexada que sua vida findava
junto da sua boiada

la no alto do espigão se ve muito carros jogados
todos fazem oração vendo os restos do passado
olhando os carros jogados nas fendas  abandonados
cada um tem uma historia que esta em nossa memoria
desse tempo sagrado

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

PROCURANDO PALAVRAS
( VALTAIR BERTOLI ) 04/09/2015
procurei umas palavras
pra escrever essa canção
que mostrasse atravez dela
que sinto em meu coração
confesso que foi dificil
as palavras encontar
pois a palavras não conseguem
o amor nelas expressar
é algo que me domina
e chego a suspirar
e sigo remoendo
tentando te mostrar
a força do sentimento
que eleva a emoção
não se mostra com palavras
se mostra com o coração
sentimento e carinho
escrevi nessa canção
que aflorou de minha alma
pra você minha paixão
sentimento e carinho
escrevi nessa canção
que aflorou de minha alma
pra você minha paixão
DOIS CAIPIRAS
ADÃO DA VIOLA E JOAO João Miranda?
( Valtair Bertoli / João Miranda )

fico feliz que me chamem de caipira
oque me inspira e a vida no rincão
de canto a canto aqui é um paraíso
com o piso verdejante pelo chão
é um recanto cheio de felicidade
que na cidade não tem comparação
se você quer ser feliz de verdade
deixe a cidade e vem morar no sertão

nas noites brilham estrelas coloridas
dando mais vida enfeitando todo o céu
a lua chega com o seu claro dourado
brilho sagrado  no seu bojo de mel
ao longe escuta o piar dos passarinhos
la  no seu ninho redondo igual anel
os curiangos vai cantando na baixada
nas gramadas e cumprindo o seu papel

a madrugada o silencio interrompido
canto e alarido despertando toda terra
e o sol solta seu brilho no horizonte
e aquece os montes na primavera
nas flores pingam orvalho refletindo
seu colorido igual rosario na serra
cria arco ires la no meio da cascata
que molha a mata e assim a noite  encerra

começa o dia com o som la do riacho
e la em baixo bebe água as criação
por la se encontra tambem toda passarada
que nas galhadas fazem grande barulhão
essa é a vida que inspira esse caipira
 peito suspira transbordando de emoção
esse é o  cenário que encanta e admira
todos caipira que defende a tradição
ALVORECER NO MEU CANTINHO
( valtair bertoli ) 17/09/2015
nada é mais lindo do que ver o alvorecer
de um novo amanhecer com ar puro do sertão
os passarinhos no seu canto matutino
representa o divino na forma de uma canção
os passarinhos no seu canto matutino
representa o divino na forma de uma canção
o som distante da cachoeira la na mata
ecoando na cascata no meio da serração
solta aguá fresca e vai descendo rio abaixo
deixa vida no seu rastro na mais pura perfeição
solta aguá fresca e vai descendo rio abaixo
deixa vida no seu rastro na mais pura perfeição
o sol desponta deixa as nuvens avermelhadas
cria faixa amarelada vai brotando pela serra
pingos de orvalho vai enfeitando esse cenário
mais parece um relicário na manhã de primavera
pingos de orvalho vai enfeitando esse cenário
mais parece um relicário na manhã de primavera
fico feliz em assistir essa beleza
aqui não tem tristeza a felicidade impera
em todo mundo nosso rincão é o mais lindo
pois Deus moldou sorrindo o sertão da nossa terra
em todo mundo nosso rincão é o mais lindo
pois Deus moldou sorrindo o sertão da nossa terra
PASTA DE SONHOS
( VALTAIR BERTOLI ) 17/09/2015

tenho dentro de uma pasta
os meus segredos guardados
fechada a sete chaves
só com coisas do  passado
cartas de amor escritas
tantos sonhos planejados
desde a minha mocidade
que fui feliz de verdade
que não podem  ser revelados

nem mesmo apos tantos anos
que já se foram passado
ainda exalam o perfume
que esta na mente marcado
restos de afeto e carinho
pelo tempo arquivado
relendo algumas linhas
vejo nós dois na pracinha
com você sentada a meu lado

hoje só resta saudades
e um peito machucado
ví você indo embora
mudou pra outro estado
o meu amor e esperança
vi com o tempo apagado
ficou sómente as lembranças
do amor de duas de crianças
e um coração magoado


terça-feira, 15 de setembro de 2015

MEU REDUTO
(valtair bertoli ) 15/09/2015
acordo sempre cedinho / a tristeza não me assola
levanto com os passarinhos /o seu canto me consola
contemplo do meu cantinho / um novo romper da aurora
se vem pensamento errado / eu nem fico preocupado
sei que logo vão embora

onde moro é um paraíso / aqui nada me apavora
o meu rosto é só sorriso / todo dia e toda hora
tenho tudo que preciso / aqui ninguém me amola
minha casa é abençoada / vivo junto da minha amada
tocando minha viola

moro bem no pé da serra / protegido pela mata
a estradinha é de terra / onde quase ninguem passa
quando chega a primavera / mais a vida se realça
é sempre um desafio / chegar lá perto do rio
e não banhar na cascata

os animais aqui são livres / pois ninguem os maltrata
meu reduto não tem crise / tem o som vindo da mata
todos dias tem reprise / desse disco na sonata
som de anjos em meu ouvido / mais alegra o paraiso
até parece serenata

domingo, 13 de setembro de 2015

HOMENAGEM AOS CARREIRO
( VALTAIR BERTOLI ) 13/09/2015

eu ja cortei muita estrada nas minhas jornadas pelo sertão
fui carreiro muitos anos conquistei  meus planos  com dedicação
a minha casa na roça era uma  paioça na encosta do espigão
 hoje moro na cidade e morro de saudades dos tempo de peão

tinha a minha boiada que ia na estrada cantando os cocão
todos os meus bois carreiro  ao longo dos janeiros  cumpriram a missão
no fim da sua jornada saiam da estrada pra  aposentar
 os bois ja aposentado  ficava sossegado não deixava matar

ja lidei com boi bravo e fui calejado nessa profissão
todos com tempo aprendia e  obedecia sem usar do ferrão
com o tempo vi se acabando foi definhando minha profissão
hoje não se usa  gado tudo é transportado pelos caminhão

olhando para o passado fico emocionado do tempo que foi
da minha lida na estrada das cargas pesada que puxava os bois
foi um tempo abençoado hoje retratado nessa canção
que puxei da minha alma e falei em voz calma  do meu coração

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

SANGUE CAIPIRA
( VALTAIR BERTOLI / João Miranda​ ) 09/09/2015

sou um caipira de fato nascido no mato
o destino assim quis
que eu viesse pra cidade perdi a liberdade
não a  essência raiz
já  lidei com boi bravo dentro de cercado
e tenho as cicatriz
dos coice que já levei e da sorte que dei
escapei por um tris

já pousei pelo mato peguei carrapato
nas minhas  pescarias
fiz caçada de espingarda nas matas fechada
tambem  nas pradarias
tomei banho em riacho tirando o cansaço
do final do dia
fui em baile se sanfona coberto por lona
assim que divertia

busquei novilha no pasto peguei pelo laço
levei no  matadouro
lombei sacaria  da roça coloquei na carroça
carreguei  o tesouro
quebrei milho com carrapicho um duro serviço
que não é pra calouro
tomei carreirão no pasto quase que me mato
correndo do touro

passei noite em claro jogando baralho
com amigos e irmão
tomei porre de  pinga cai na restinga
perto do ribeirão
capei porco no chiqueiro e ganhei dinheiro
vendendo leitão
de tanto lenhar com  machado tenho calejado
os dedos da mão

trabalhei nas madrugadas das noites  geladas
pra parta terneiro
debulhei milho pras galinhas pra ver quantas tinha
por todo terreiro
hoje eu uso terno sou um caboclo moderno
e tenho dinheiro
mas choro  quando lembro da roça  da minha velha  paioça
no  estado Mineiro

terça-feira, 8 de setembro de 2015

CHUVAS DE SETEMBRO letra disponível ( VALTAIR BERTOLI ) 08/09/2015 ERA MANHÃ DE SETEMBRO / E UMA CHUVA ABENÇOADA A TERRA IA MOLHANDO / QUE POR DEUS FOI MANDADA CANTANDO OS PASSARINHOS / ENTRE OS GALHOS SE ABRIGAVA A CHUVA IA CAINDO / COM SEU MANTO TUDO COBRINDO POR ONDE ELA PASSAVA LA NO PASTO OS ANIMAIS / NA CHUVA SE BANHAVA SOPRAVA UM VENTO BRANDO / E O CAMPO REFRESCAVA AS GALINHAS NO TERREIRO / SEUS PINTINHOS ABRIGAVA FICAVAM BEM QUIETINHOS / DORMIAM TODOS JUNTINHOS DEBAIXO DA SUA ASA CABOCLO NA SUA CASA / COM A PATROA FESTEJAVA TOMANDO UM CAFEZINHO / SEU PAIERO APAGAVA IA FAZER SUA ORAÇÃO / E ALEGRE NO CEU OLHAVA IA PLANTAR A SUA SEMENTE / SEMEAR BEM MAIS CONTENTE NA TERRA TODA MOLHADA CHUVA QUE NOS TRAZ A VIDA / CRIA PERFUME NA TERRA ENCOBRE TODA SERRA / E OS CAMPOS NO SERTÃO CHUVA QUE FAZ A VIDA / FLORESCER NO MEU RINCÃO QUE ALEGRA A MINHA VIDA /JUNTO DA MINHA QUERIDA FAZ SEMENTE BROTAR PELO CHÃO