RADIO BARREIRITTO CAIPIRA

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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Eu voltei
( valtair bertoli )

Eu voltei pra rever quem eu deixei
Só eu sei quanto pranto derramei
Não vou mais ficar  sozinho nas  alvoradas
Quero   estar sempre  juntinho a minha amada

Sua ausência na distancia me torturava
Sua presença  o meu corpo implorava
Dessa vez não vou passar  noites geladas
Seu calor vai me aquecer nas madrugadas

Eu voltei pra rever quem eu deixei
Só eu sei quanto pranto derramei
Não vou mais ficar  sozinho nas  alvoradas
Quero   estar sempre  juntinho a minha amada

Sem você descobri que  não sou nada
com você    minha  vida foi renovada
Seu carinho me mostrou toda a  verdade
 Que é você    meu   caminho pra  felicidade

Eu voltei pra rever quem eu deixei
Só eu sei quanto pranto derramei
Não vou mais ficar  sozinho nas  alvoradas
Quero   estar sempre  juntinho a minha amada

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Ombro amigo
( valtair bertoli ) 21/12/2016

Não vou mais lhe oferecer meu ombro amigo
Corro perigo por essa situação
Você lamenta e depois que vai embora
Meu peito chora imbuído de paixão
Como eu Queria ser o homem que você ama
De quem reclama que não tem atenção
A tudo escuto e por ti sofro calado
Fico a seu lado sem dar a demonstração

Estou indo embora partirei pra bem distante
Num mundo errante amenizar a minha dor
Quem sabe assim aumentando sua carência
na minha ausência em ti floresça o amor

Seu desabafo me açoita igual castigo
E tem ferido sem saber meu coração
Sei que a mim você tem grande respeito
Gosta do jeito que se gosta de um irmão
Não posso mais me iludir por seu carinho
chorar baixinho e viver na escuridão
Já decidi hoje estarei de partida
Na despedida só te peço compreensão

Estou indo embora partirei pra bem distante
Num mundo errante amenizar a minha dor
Quem sabe assim aumentando sua carência
na minha ausência em ti floresça o amor

domingo, 18 de dezembro de 2016

Sonhando com o passado
( valtair bertoli ) 18/12/2016 sem melodia

em sonho estive viajando / visitando o meu passado
Me vi na margem do Riozinho / bem pertinho no barranco sentado
Olhando meu pai pescando /fisgando um grande dourado
Mostrando o peixe pulando / no rio jogando água pra todo lado

Andando pela estradinha / vi a casinha que eu morava
Mamãe usando avental / varrendo quintal com a vassoura piaçava
Ao lado vi no jardim / o jasmim que a casa perfumava
Logo me vi dentro dela / da sua janela toda a paisagem apreciava

Avistei do lado da porteira / a paineira soltando a florada
Vi o cão perdigueiro / que foi companheiro de tantas caçadas
Na invernada o vasto capim / e o chupim fazendo revoadas
A seriema no campo  cantando / atenta caçando cobra nas palhadas

Vi as copa balançando / nuvens juntando dando trovejada
Galinhas indo pro poleiro / poeira no terreiro avermelhada
Me deitei na cama de capim / acordei assim na minha morada
Ouvindo gotas pingando / a fronha abraçando toda molhada

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Porta trancada
( valtair bertoli ) 15/12/2016

A porta do meu coração esta trancada
Esta fechada não quero mais os seus carinhos
Enquanto eu te amava você   me enganava
Esta marcada e   cravejada por seus espinhos

Sempre te dei o que podia no dia a dia
Você mentia me escondia a traição
Iludido vi meu mundo todo  caído
Por ter  traído jamais te darei  perdão

Pode bater , a porta esta fechada
Segue sua estrada que feriu meu coração
Você trocou uma casa abençoada

Siga a jornada do seu mundo de ilusão

Autor/ João Miranda/valtair bertoli
Titulo/o caipira e o progresso
Ritmo/quero- mana

Moro num velho ranchinho
 as margens de uma cidade
 Foi tudo o que me restou
 da minha propriedade
Com os anos fui vendendo
 pra sanar  dificuldades
 Dos meus tempos de fartura
 hoje só resta saudade

 Poluíram o Riozinho
 que eu fazia pescaria
 e  podaram as figueiras
 onde os pássaros dormia
Cortaram o cafezal
que  há tempo   florescia
 Derrubaram a porteira
 e o piquete que  existia

 Aonde o gado pastava
 Que  plantava colonião
 Fizeram uma devasta
 Encheram  de construção
 A mata que eu preservava
 Com  respeito a criação
 Derrubaram  e queimaram
 E tudo  virou carvão

Onde era a escolinha
Que estudava o ano inteiro
Hoje è um grande presídio
Com  homens em  cativeiro
Onde tinha o curral
Do nosso gado leiteiro
Hoje è casa de repouso
Para  o fim desse roceiro


O monjolo e o engenho
Virou peça de museu
Junto  meu carro de boi
Que pra sempre emudeceu
Hoje não tenho alegria
Minha esperança morreu
O homem esta destruindo

Toda criação de Deus

domingo, 11 de dezembro de 2016

RODA NO SERTÃO 
( VALTAIR BERTOLI )


Minha viola faz festa cantando todo sertão
Pirilampo se achega com sua iluminação
A lua mostra seu bojo oferecendo o clarão
Caipirada faz  roda com a fogueira no chão
Na vida simples modesta cercada pela floresta
se mantem a tradição


Na noite voa morcego passeia a capivara
Coruja pia distante curiango esconde a cara
Tatu sai do buraco e passeia nas coivara
Pintada urra distante urutau de olho repara
E o Caboclo com apego vê o bichos com sossego
Se for preciso encara


O som vira uma orquestra em meio a escuridão
No ponteio segue o coro mantendo a afinação
Violeiro tarimbado na viola solta emoção
Dedilhando apaixonado a mais bela das canção
no campo ninguém contesta que a viola modesta
É fonte de inspiração


O sereno vai caindo chegando a madrugada
A lua vai se escondendo a grama fica orvalhada
O gado vai se ajeitando ruminando na invernada
os caboclos vão saindo pra pega o rumo da estrada
e todos vão partindo felizes chegam sorrindo 
de volta a sua morada

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Casa noturna
( valtair bertoli ) 09/12/2016

Na casa noturna todos pagam pra ter
Um momento sublime de amor e prazer
Na casa noturna é difícil dizer
Se esta certo ou errado o que vai se fazer
Me encontro perdido numa mesa no bar
Sofrendo indeciso se vou me entregar
Meu corpo   anseia querendo viver
Minha mente condena se eu me perder

e num  copo eu  tento minha  magoa  afogar
viajo num sonho no seu corpo a tocar
e no mesmo instante ainda chego  te ver
você indo   apressada sem nada me dizer

As luzes piscantes o perfume no ar
O amor ofertante madrugada a entrar
Na penumbra os  rostos eu fico a olhar
Querendo num deles o seu  encontrar
Coração dilacera  não consigo  esquecer
nossos corpos unidos  o calor aquecer
um barco vencendo as ondas do mar
unidos juntinhos nós dois a remar

e num  copo eu  tento minha  magoa  afogar
viajo num sonho no seu corpo a tocar
e no mesmo instante ainda chego  te ver

você indo   apressada sem nada me dizer
Dono da natureza
( valtair bertoli ) 09/12/2016


Presenciei essa cena / num posto a beira de estrada
Confesso que me deu pena / ouvir o que se falava
Um gringo no seu carrão / com um matuto brigava
Mantendo a educação / o caboclo quieto escutava
Milionário se gabando / com desdenho esnobava
Com o seu ouro brilhando / no pulso que balançava
Muita gente foi rodeando / só o ricaço apoiava
O caboclo observando / bem serio a todos olhava


Aquele homem pacato / que roupa humilde trajava
Ouviu todo relato / e atento nada o abalava
Nem mesmo quando o sujeito / da riqueza gabava
Mostrando todo preconceito / sem pudor o xingava
Matuto fez a surpresa / quando o gringo não esperava
Dizendo não ter riqueza / que seus bens comparava
Respondeu sou dono do céu / e tudo que lá pairava
Da chuva caindo em véu / do ar que eles respirava


é minha a natureza / as águas que na terra jorrava
a mais divina beleza / do aroma que a flor gerava
o canto dos passarinhos / o sol que iluminava
o vento e o carinho / que Deus na terra ofertava
Granfino então retrucou / que isso Deus lhe dava
e calmo o caboclo falou / que o pai aos filhos amava
que eles eram irmãos / e briga ao pai não agradava

ricaço aprendeu a lição / com isso ele não esperava  

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

De volta pra minha terra
( valtair bertoli ) 08/12/2016

Vou buscar  minha felicidade
 pois a  cidade a muito  me judia
Retornar  pra minha terra
 onde   a tarde  encerra e se ve harmonia 
ver o sol mergulhando no espaço 
tirar o  cansaço   sentir a alegria
apreciar a  noite enluarada
o clarão da alvorada  quando  raia  o dia

ver estrelas brilhando no céu
na varanda ao léu contemplar as belezas
ver a dança  dos  pirilampos 
enfeitando   campo e toda  natureza
com o canto do   curiango
nunca me zango e nem sinto tristeza
condenaram o pobre passarinho
a voar baixinho por sua presteza

igual  ele  sofro  desprezado 
aqui  encarcerado  longe  do  sertão
me acabando  por todos cantos
pelo  negro manto  da escuridão
sentindo falta do ranchinho
aqui vivo sozinho  entre a   multidão 
tenho que voltar pro mato
perto do  regato  la no   ribeirão

ver crescer minhas  asas cortadas
fazer    revoadas  que a  grade   privou
poder  percorrer as  campinas
beber da  mina sua agua eu vou
e  matar essa louca saudade
que sem alarde meu peito habitou
decidi saio na alvorada
pra minha terra amada   que me esperou

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Marcas apagadas
( valtair bertoli ) 17/11/2016

Aqui distante troteando na  saudade
que tanto meu  peito invade  escrevi essa canção
só recordando as   coisas    do meu  passado
que a muito  esta  guardado na minha recordação
dos velhos  tempos do  antigo  carro de boi
que em outra hora   foi  nosso  herói   no sertão
dos boiadeiros  conduzindo  as boiadas  
 na mata abrindo  picadas criando novo estradão

das ferramentas de madeira construída
 feitas pra usar   na lida e também nas criação    
da parceria entre   o  cavalo e o   roceiro  
dois eternos  companheiro pra   todas ocasião
das   capelinhas que nos sítios  existia
e a fé que nos regia pra tudo tinha   oração
quando  doente procurava as benzedeiras
que em folhas de bananeira benzia com devoção

fim de semana na cidade eu sempre  ia
e por la se   divertia aproveitava a ocasião
no fim da missa no foot sempre ficava
as meninas paquerava parecia um garanhão
chegar em  casa   sempre tinha  hora marcada
a charrete em disparada  seguia na escuridão
meu velho  pai acordado   me  esperava
quando  no quarto    deitava pra pedir   sua benção

passou o tempo e com ele a alegria
de tudo que eu vivia vi sumir num poeirão
todas  as marcas que   deixei na minha estrada
hoje estão apagadas só me restou a   emoção
fui bem feliz nesse tempo já distante
não deixei nem um instante de manter a tradição
trago  o legado  pelo  meu pai  ensinado
de ser sempre  educado  e não ter ostentação


Estrada e boiada
( valtair bertoli ) 17/11/2016

Hei hei hei  boi . hei hei hei boi

Quanta saudade da estrada boiadeira  onde vi  subir poeira
invadindo a imensidão
seguindo nela a boiada caminhando  o berrante repicando
 descendo pro ribeirão
O cozinheiro esperando na pousada com a janta preparada
 pra servir a refeição
E o  peão   com o seu   rosto marcado batendo  o  pó acumulado
da lida no estradão

Hei hei hei  boi . hei hei hei boi

lembro  a fumaça subindo pela  fogueira  bem pertinho da figueira
uma   viola tocando
peões cantando sob a noite enluarada clareando na invernada
a boiada ruminando
as velhas redes nos galhos  sendo armadas no romper da madrugada
suas mulas arriando
e novamente em  marcha iam  partindo  com  sua sina seguindo
e a boiada acompanhando

Hei hei hei  boi . hei hei hei boi.

la da varanda da casinha que eu morava tudo isso eu avistava
e ouvia as canção
ate me via  com o meu corpo crescido   pra  com eles   ter seguido
aprendendo  a profissão
mas o destino com o tempo foi mudando   também vi se  acabando
a lida de peão
cessou      poeira asfaltaram a boiadeira teve fim essa carreira
hoje é só recordação

Hei hei hei  boi . hei hei hei boi
Hei hei hei  boi . hei hei hei boi

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Cantinho da felicidade
( valtair bertoli ) 13/11/2016

No meu cantinho é que vivo satisfeito
  Onde tudo é perfeito rege a  simplicidade
Desde criança  aqui   tenho vivido
 E ele é   provido de tantas  variedades
sua  Beleza  desponta por  todo canto  
desde que  deito e levanto desfruto da liberdade
dia e noite   tenho    orquestra la na mata    
junto ao chua da cascata vivo em felicidade
  
 quando o  sol desponta por  entre os montes
 clareando o horizonte no romper da alvorada
o Sabia   cantando   rege a orquestra
voando  pela  floresta sob a  relva molhada
na mata ao longe vejo  os  seus pingos     caindo
sempre  ficam  refletindo tal  visão    me agrada
Muito me empolgo pois parecem   diamantes
 Misturados a brilhantes   enfeitando minha morada 

Tem bem mais cor  o  verde no amanhecer
Tudo é lindo de se  ver  a vida é  deslumbrante
Observar quando  As flores vão se abrindo
  e com elas vem   surgindo tantos outros  visitantes
tem joaninha Abelhas  e    beija flor  
que desfrutam    do  sabor   de seu   mel ofertante
as Borboletas  sossegam   ficam pousadas
pelas flores encantadas   no  aroma exuberante

ver o tiziu no mourão dando    pulinhos
junto a outros passarinhos todos eles me inspira
as andorinhas se banhando na lagoa
os patos entre as taboas onde esconde as  traíras
tem muito mais a natureza aqui é perfeita
toda ela se respeita  venha visite e confira
se você quer ter uma vida  de qualidade

abandone a cidade  e se  junte a esse  caipira

sexta-feira, 11 de novembro de 2016


FELICIDADE DE CABOCLO
( VALTAIR BERTOLI ) 11/11/2016

Pra te agradar eu carpi todo quintal
Arruei o cafezal e cortei as bananeiras
Subi na casa troquei as telhas quebradas
Apartei da invernada todas as vacas leiteiras
Rachei a lenha amontoei no puxadinho 
Consertei no monjolinho o pilão que não socava
E bem mais cedo quando o dia amanhecia
enquanto água fervia com o capado lidava

Mexi na horta e formei novos canteiros
Consertei no galinheiro a tela velha furada
também troquei as painas dos travesseiros
e limpei no celeiro as traias empoeiradas
lavei o baio e escovei a sua crina
tirei o mato da mina que sua água espalhava
pus corri mão na pinguela do Riozinho
e podei alguns galinhos que nela atrapalhava


limpei a casa e cuidei das criação
guardei cinzas do fogão numa lata separada
fui na capela e a Deus fiz minha oração
e chorei de emoção por você ser minha amada
fiz muito pouco pelo que tenho vivido
só de ser o seu marido me sinto abençoado
e quando vejo o berço em nosso quarto 
agradeço pelo parto de um filho ter me dado

domingo, 6 de novembro de 2016

Reduto de caboclo 
( valtair bertoli ) 06/11/2016

Sou um caboclo  direito  e trato com respeito
a todos do meu lado
Sei que falam do  meu jeito  que não   visto  direito 
e   ando   remendado  
Que tenho a  pele     grossa  que moro na roça
No mato amoitado
Falam até da    charrete  e do velho  canivete
Na bainha afiado

Sempre que chego na cidade logo bate  saudade 
Do meu reduto
do meu recanto  abençoado no  meio  do gado
onde  sou absoluto
La sei que   sou respeitado só  tenho deixado
Pra vender meus  produtos 
 tempero  queijo  mineiro  leitão e carneiro
E também outros  frutos 

De volta pra minha morada  o cavalo na estrada
Marcha satisfeito
com  a  charrete vazia  vou olhando as cutia
Na tria  espreito 
Passarinhos em   revoadas  o gado na invernada
Esqueço o preconceito
ao chegar  na trilha apertada pelo mato tomada
Alivia   meu peito

Ao longe a esposa tão  bela ao me ver  da janela  
 preparara um agrado
Um cafezinho fresquinho junto de  bolinhos
também  milho  assado
Ajoelho   faço a  oração por toda  proteção
Que Deus tem me dado
Agradeço  e beijo o retrato dos três filhos do mato
Que hoje são  formados

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Cenas do meu passado
( valtair bertoli ) 03/11/2016


Resgatei da  minha mente / o filme do meu passado
Igual água da vertente / tive os olhos inundados
Revendo velhos retratos / Preto e branco amarelado
Revivi  antigos  fatos / e fiquei  emocionado
Coisas da minha infância / que com os anos se foi
Igual  rastros e a elegância / do velho carro de boi
Cenas do meu paraíso / que o tempo fez mudar
Também   meu rosto liso / que ele  fez  transformar


A lembrança tão constante / me trouxe na visão
Meu  papai sorridente / cuidando da plantação
A Mamãe toda faceira / linda igual flor em botão
Pegando  das bananeiras / folhas para assar o pão
No pomar laranjeiras / com suas flores surgindo
Igual uva na parreira /   seu perfume ia  subindo
Pelas frestas da casinha / a noite eu vi entrando
Raios da lua madrinha / o meu sono   enfeitando


todo caminho da escola / pela mente  fui andando
levando a velha sacola /  pela estrada  brincando
vendo vários  passarinhos / sobre a mata voando
senti no   vento  o carinho / a brisa  me refrescando
tudo  vindo da lembrança  / por ela eu  vi passar
o meu tempo de criança  / no   filme  vi se acabar
hoje o que resta é saudade / e viver nessa ilusão

sem ter a felicidade / que partiu sem    permissão

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Hombridade de idoso
( valtair bertoli ) 17/10/2016

Andei em terras distantes residindo nas cidades
Sofrendo   a todo instante não tinha felicidade
Recordava meu cantinho lamentava de saudade
Se tivesse la quietinho desde minha mocidade
Bem melhor teria sido minha vida em qualidade
Hoje estou constrangido com a dura realidade
So fui descobrir isso quando perdi o serviço
E vi tento sumiço toda minha agilidade

Quando o radio ligava e ouvia uma canção
Que falava das historias eu me via no sertão
Lembrava da minha gente e   doía o coração
o pranto escorria quente que pingava ate no chão
Lamentava estar vivendo nesse mundo de ilusão
e revendo minha historia tomei uma decisão
Como já não tinha renda Coloquei tudo a venda
Deixei da vida horrenda e voltei pro rincão

E logo  senti voltar toda a vitalidade 
Fiz meus planos mudar pra vida dei prioridade 
na roça   faço de tudo e vivo em simplicidade 
Também não me iludo e nem ligo pra vaidade
hoje faço  o que queria e tenho prosperidade
Eu Não sou  bijuteria tenho minhas qualidades
Posso ate estar  idoso mas não sou ocioso
E Nem tão pouco medroso prezo  minha hombridade

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Luz apagada
( valtair bertoli ) guarania 26/10/2016

Ho Estrela reluzente me diga por favor
Tu que fica distante  olhando a minha dor
Do alto no  infinito com todo seu  esplendor
E nem  ouve  o  meu grito chamando  por  meu amor
pudera  ter o teu  brilho no  cosmo  poder estar
e de ser um andarilho   na  sua luz  viajar
feito um peregrino vagar até  encontrar
a causa do   desatino que tem me feito chorar

em   noites de alvura    a lua e  sua beleza
sem saber me tortura aumenta minha tristeza
estrelas no céu brilhando insiste em me ferir
 lembrando do  meu amor que triste eu vi partir

ho lua esplendorosa que esconde  na alvorada
tão bela e charmosa igual fez a minha amada
não sei do seu destino sua  luz  esta apagada
todas noites eu termino  chorando  na madrugada
quem dera   viajar na lua  navegar pelo seu  manto
ela a noite encontrar e poder secar meu pranto
raiar em minha   vida a candura do seu encanto
e poder ter a  guarida   da mulher que  eu amo tanto


em   noites de alvura    a lua e  sua beleza
sem saber me tortura aumenta minha tristeza
estrelas no céu brilhando insiste em me ferir
 lembrando do  meu amor que triste eu vi partir




segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Invasão da Saudade
( valtair bertoli ) 24/10/2016


Senti a saudade chegando a porta empurrando na minha vida
querendo entrar
Rápido consegui trancar ela mas uma das  janela não houve
tempo de  fechar
Pulou e no peito foi entrando chegou me apertando
na recordação
não foi mais embora e nele fez sua morada e agora aflora
no meu coração


O passado de outrora  esquecido  agora forte e aguerrido
senti voltar
Revi tantos fatos   vividos que a muito  tinha esquecido
que vi se acabar
os  bois puxando o arado seguindo  juntos atrelados
a  terra tombar
o velho ferro a brasa todo empretejado  decorando as casas
deixou de passar


acabou a estrada boiadeira que a boiada  erguia poeira
na profusão
o  Peão   hoje faz carreira no emprego  assina a carteira
e os bois vão de caminhão
o cocão  do  carro de boi  a muito emudeceu  seu fim  foi
abandonado no grotão
cessou o oficio de carreiro também nosso  mestre estradeiro
perdeu  a profissão


Á tempos   sumiu os monjolinho não tem mais no   riozinho
O som  pilão
Hoje   tudo é triturado  so escuto o seu bater compassado
na imaginação
Até a plantadeira na   cova  encerrou a sua carreira e
enterrou a sua missão
já estou velho e cansado e vejo a cada dia acabar o legado
 que vivi no sertão