( valtair bertoli / paraense) 05/12/2014
areio meu baio e vou cavalgar
sem destino certo pelo meu sertão
sem calçar esporas e a passos lento
carrego a saudade na imaginação
passando por pastos ouvindo riachos
cantando a mais bela de todas canção
sentindo o cheiro do jenipapo ,
que estão maduros caídos no chão
barulho do vento lá no calipal
aumenta ainda mais a recordação
as pombas do ar fazendo arruaça
perto do espantalho pela plantação
o carro de boi cantando bem longe
deixando seus rastros marcados no chão
vejo boiadeiros levando a boiada
tocando o berrante alto no estradão
porteiras batendo anuncia a chegada
da saudade bandida em meu coração
casinha de barro com fogão a lenha
e mamãe varrendo nosso terreirão
machado batendo é meu pai lenhando
e vejo madeiras partidas no chão
ao longe as nuvens que vão se juntado
no céu da um estalo e vem logo o trovão
um manto divino vai cobrindo a terra
alegra a vida da vegetação
crianças brincando montando cavalo
em cabos de enxada vivendo a ilusão
volto pro o meu mundo sentindo saudades
dos tempos vivido lá no meu sertão
aonde eu passei meus tempos de infância
e hoje o que resta é recordação
Nenhum comentário:
Postar um comentário