RADIO BARREIRITTO CAIPIRA

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quinta-feira, 14 de julho de 2016

Boiadeiro de fibra
( valtair bertoli ) 14/072016


Num famoso restaurante / por sua carne afamado
De movimento constante / só por nobres frequentado
Chegou um boiadeiro / pediu um canto reservado
Com o traje de estradeiro / falou que estava cansado
Usava roupas bem limpas /de botas novas calçado
Um sujeito supimpa /que logo foi questionado
Porque veio ao restaurante / se tinha outro do lado
Ali só gente importante / usava canto separado


Garção foi negligente / também mal preparado
No meio daquela gente / falando em tão alto brado
Nós não servimos andantes / nem que estivesse fechado
E nesse mesmo instante / estamos quase lotado
Tem somente uma mesa /que tem o custo dobrado
Servimos com vela acesa / em nosso prato dourado
Boiadeiro falou no repente / “ lá eu quero ser levado “
E ouviu um riso indecente / de um casal lá sentado


Começou um alvoroço / o gerente logo foi chamado
Mandou servir o almoço / boiadeiro foi acomodado
Sentado naquela mesa /almoçava sossegado
Sentiu a ingrata surpresa / pelo povo ele foi vaiado
Um sujeito muito arrogante / de terno fino trajado
Xingava de modo incessante / por todos acompanhado
Com palavras pungente / de imundo ele foi tratado
No meio daquela gente / boiadeiro ficou indignado


Boiadeiro se levantou / não quis nem mandar recado
Olhando a todos acenou / mostrando o prato lotado
A carne que vocês comem / que aqui tem saboreado
Passa nas mãos desse homem / que por todos foi humilhado
Elas vem das minhas fazendas / aonde eu crio meu gado
Se a carne é estupenda / e a todos provoca agrado
É porque crio com respeito / meu gado é bem zelado
Comparado com vosso jeito / também são mais educados








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