OBRA DO DESTINO
( valtair bertoli )
nos tempos de antigamente / um costume existia
para evitar a má sorte / do sétimo filho que nascia
era que o
filho mais velho / o caçula batizava
nos casos que isso
acontecia / as famílias obedecia
essa crença respeitava
teve um velho fazendeiro / que da crença desdenhava
já tinha seus sete filhos / nenhum ele batizava
dizia que tudo era prosa / que era conversa fiada
trouxe seus filhos ao mundo / nenhum ia ser vagabundo
que aquilo era tudo piada
enquanto o caçula crescia / seu velho pai controlava
mas quando chegou a juventude / ninguém mais o segurava
nas noites
de lua cheia / o moleque debandava
saia vagando sozinho
/ ninguém sabia do seu caminho
só voltava quando o sol raiava
numa noite bem clara / no sitio
as galinha gritava
fazendeiro pegou
sua arma / e num vulto atirava
jurou que acertou um lobisomem / que as galinha atacava
na verdade matou seu menino / foi a obra do destino
que ele não acreditava
.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário